Este mês recebemos ainda a avó do Guilherme, que apesar da sua
limitação – não conseguir ouvir e, por conseguinte, ter dificuldade em se
expressar, avó e neto fizeram questão de nos visitar, pois o mais importante é
o afeto, que pode ser expresso por palavras e atos e, que muitas vezes é mais
importante um gesto, pois ele chega a valer mais do que 1000 palavras.
“Olá, o meu nome é Teresa. A
minha vida não é um conto de fadas e está longe de o ser, mas aprendi que temos
que ser fortes, para ultrapassar certas dificuldades!
Sou a sétima filha de onze
irmãos, era uma casa cheia! O meu pai faleceu muito novo e a minha mãe teve que
nos criar sozinha.
Quando eu tinha 6 anos, tive um
problema de saúde que deixei de ouvir. Fui para a escola, mas durante pouco
tempo, pois não conseguia aprender! Mas também era preciso trabalhar, pois
eramos muitos à mesa para comer. Foram tempos muito complicados, passou-se
muita fome!
Casei com 21 anos, tive 4 filhos:
a Júlia, o Armando, o Augusto e a Sara. Criei os meus filhos sozinha, pois o
pai deles era emigrante e passava muito tempo fora.
Tenho 5 netos: Isac, Helder,
Teresa, Ruben e o Guilherme. O tempo passa, e aqueles que no outro dia eram os
meus meninos, são hoje uns homens, que, por vezes, esquecem que estamos aqui! O
guilherme é o meu neto mais novo, criei-o desde os 4 meses, com muito carinho e
amor. Foi a minha companhia muitas vezes.
Hoje sou uma avó feliz, tenho
todos os que gostam de mim à minha volta, sempre preocupados comigo.”
Mais uma vez, pudemos constatar
que a vida não é perfeita e, que apesar de tudo, o ser humano vai buscar forças
para ultrapassar os obstáculos. A vovó Teresa é um grande exemplo!
No final da visita, o Guilherme presenteou os
colegas com uma doce espetada de gomas.